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quarta-feira, 8 de junho de 2011

A verdade prevalece, ou o medo aparece?



























  1. Pressionado pela possibilidade de enfrentar uma CPI no Senado, ministro deixa a Casa Civil afirmando que toma a decisão para acabar com o "embate político" ao redor de sua figura
    PEDE DEMISSÃO NOVAMENTE NO GOVERNO DO PT. 
    ABR
    JUNTOS PELA ÚLTIMA VEZ 
    Dilma e Palocci estiveram juntos na manhã desta terça-feira (7) durante cerimônia de assinatura do decreto criando a Comissão Nacional e o Comitê Nacional de Organização da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). No início da noite, ele deixou o governo
    Antonio Palocci não é mais o ministro-chefe da Casa Civil. O chamado homem-forte do governo Dilma Rousseff pediu demissão nesta terça-feira (7), em meio a uma pressão cada vez maior para que deixasse o governo ou explicasse como, entre 2006 e 2010, fez seu patrimônio se multiplicar por 20. A decisão de Palocci chega um dia depois de a Procuradoria-Geral da República arquivar o processo contra o ministro, afirmando que não havia indícios de ilegalidades cometidas por ele. O documento, que poderia servir como um atestado de inocência para Palocci, acabou funcionando como um catalisador para a saída do ministro.
    Em nota, Palocci afirmou que toma a decisão para acabar com o "embate político" ao redor de sua figura. Segundo ele, a decisão se dá mesmo após "robusta manifestação do procurador-geral da República sobre a lisura" de seus negócios. A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) será a substituta de Palocci.
    Palocci e o governo erraram na estratégia. A expectativa era de que, com um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, a pressão política sobre o ministro iria diminuir. Aconteceu justamente o contrário. A oposição passou a acusar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de “se acovardar” e de atuar em favor do governo pois aguarda uma decisão de Dilma sobre um novo mandato à frente do MPF – o atual se encerra em 22 de julho.
    Diante dessas acusações, o clima para Palocci piorou. Dois senadores da base aliada – Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF) – assinaram o requerimento para que uma CPI para investigar Palocci fosse aberta no Senado. Os votos dos pedetistas levaram para 23 o número de assinaturas coletadas, das 27 necessárias. Como os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) também prometiam assinar o requerimento e o PMDB ainda tem vários outros dissidentes, estava claro que a oposição não precisaria se esforçar muito para chegar ao número de assinaturas necessárias. Se nos últimos 24 dias o governo não conseguiu contornar a crise, não seria com uma CPI instalada que faria isso.
    A crise envolvendo Palocci causou diversos constrangimentos ao governo. Em maio, a base aliada se dividiu e não conseguiu aprovar o Código Florestal da forma que o Planalto desejava. A ex-senadora e ex-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, acusou o governo de desistir do Código Florestal para proteger Palocci. Diante da pressão sobre o ministro, o governo também se viu acuado pelo principal aliado, o PMDB, que passou a exigir cargos e outros benefícios para proteger Palocci. Outro efeito colateral da crise de Palocci foi o retorno do ex-presidente Lula ao cenário político. Lula atuou como bombeiro e tentou articular a aliança PT-PMDB, abalada pela crise.
    Esta é a segunda vez em sua carreira política que Palocci deixa o governo por conta de um escândalo. Em 2006, então ministro da Fazenda, Palocci pediu demissão do governo Lula após o escândalo da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que havia prestado depoimento contra ele.
    Palocci retomou sua carreira política no mesmo ano, conquistando, por São Paulo, um mandato de deputado federal. Foi neste cargo que Palocci criou a Projeto, a consultoria por meio da qual conseguiu ampliar seu patrimônio em 20 vezes em quatro anos.
    Confira a íntegra da nota da Casa Civil:
    "O ministro Antonio Palocci entregou, nesta tarde, carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo. O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta. Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar seu afastamento."
    JL


    Notícia
Palocci reconheceu que evitou a imprensa. Foto: EFE
Na semana passada, Palocci falou pela primeira vez sobre as denúnciasFoto: EFE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou nesta segunda-feira a demissão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e definiu o presidente do BNDES, Guido Mantega, como seu substituto. O anúncio foi feito pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), no Palácio do Planalto
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  • Mais cedo, Palocci havia divulgado uma nota anunciando seu afastamento. A nota dizia ainda que Palocci encaminharia ao presidente Lula uma carta explicando suas razões.
    Com a confirmação da demissão e não do afastamento, Palocci não mantém o foro privilegiado que dá direito de responder a eventuais processos somente no STF (Supremo Tribunal Federal).
    "O presidente e toda a equipe reconhecem a grande contribuição do ministro Palocci para a recuperação da estabilidade, da confiança na economia do País e da criação de bases sólidas para o crescimento", disse Aloizio Mercadante (PT-SP).
    "No entanto, o ministro Palocci admitiu o erro e, na medida em que o estado de direito do cidadão foi desrespeitado, imediatamente o presidente Lula tomou uma decisão e mudou a sua equipe", afirmou Mercadante. Segundo ele, o País passa por um quadro de estabilidade econômica e, por isso, Lula escolheu Mantega, que já acompanha a economia nacional.
    Mercadante disse ainda que o presidente informou que ele não foi o escolhido pois considera muito importante Mercadante à frente do Congresso e porque ele continua candidato ao governo do Estado de São Paulo.
    A presidência do BNDES deve ser assumida pelo atual vice-presidente, Demian Fiocca. A Caixa Econômica Federal (CEF), cujo presidente, Jorge Mattoso, também pediu demissão nesta tarde, será assumida por Maria Fernanda Ramos Coelho, funcionária da instituição há 22 anos.
    A demissão de Palocci é conseqüência do envolvimento do nome do ministro no mais recente escândalo do governo Lula. Ele foi desmentido pelo caseiro Francenildo dos Santos Costa, que afirmou que Palocci freqüentava uma mansão de luxo em Brasília onde seria distribuída propina arrecadada em Ribeirão Preto, cidade onde ele foi prefeito.
    Francenildo teve o seu sigilo bancário violado pouco depois de dar estas informações à CPI dos Bingos. A investigação da Polícia Federal mostra que as ordens para a violação dos dados do caseiro partiram da gerência da instituição.
    Em depoimento nesta segunda-feira à Polícia Federal, o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, disse que entregou pessoalmente ao ministro Palocci o sigilo bancário do caseiro, segundo informações da assessoria da PF.
    Consideração a Lula
    A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), conversou com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e ele teria lhe dito que pediu afastamento definitivo do governo "em consideração ao presidente da República e ao País".

    Segundo ela, Palocci teria ainda agradecido o apoio recebido pela base do governo no Congresso. A líder petista considerou lamentável a saída de Palocci da equipe do governo e ressaltou que o próprio ministro sempre afirmou que não existia uma política econômica personalista, mas de governo.

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