Cabral anunciou troca no comando do Corpo de Bombeiros
Foto: Marino Azevedo/Divulgação
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Simões era comandante da Defesa Civil do município e assume a posição por conta do "descontrole hierárquico" de acordo com o governador, que disse também que "é inaceitável o que os manifestantes fizeram do ponto de vista hierárquico".
Cabral, acompanhado de seus secretários, fez um pronunciamento sobre a invasão dos manifestantes ao quartel central dos Bombeiros e a posterior retirada dos mesmos pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, o Bope. Parecendo bastante indignado, Cabral disse em coletiva no Palácio da Guanabara que a atitude dos manifestantes foi inaceitável do ponto de vista do estado democrático e do que o Corpo de Bombeiros representa para o povo do Rio de Janeiro, uma instituição querida e respeitada por todos.
Cabral afirmou também que a categoria não via um investimento do tamanho do que o seu governo está promovendo há quatro décadas. Segundo ele, foram investidos mais de R$ 120 milhões em melhores condições de trabalho, em novos equipamentos e instrumentos. "Há um programa de recuperação salarial que se não é o ideal é o melhor que se vê em anos", disse Cabral. O governandor também discordou dos bombeiros manifestantes de que o salário do soldado do Rio de Janeiro é o menor do Brasil.
"Mesmo que fosse o menor salário do País, não justifica a invasão do quartel, ainda mais com crianças e mulheres. Foi uma atitude irresponsável de algumas centenas de bombeiros". Cabral reforçou que já existe um programa de recuperação salarial e que até o final do ano os bombeiros estariam recebendo o salário que estão reivindicando.
Cabral lamentou também que umas centenas de integrantes da Corporação tenham "se deixado seduzir pelo discurso fácil de delinquentes políticos que usando da boa fé estimularam o cruzamento da fronteira da boa vontade para irresponsabilidade e falta de zelo pelo patrimônio, pelos familiares". Perguntado sobre essa orientação política dos protestos, Cabral não quis citar nomes ou partidos, mas disse nunca imaginar ¿que esse discurso que mistura bíblia com política pudesse seduzir umas centenas de irresponsáveis".
Sobre a suposta "truculência" da operação do Bope, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame disse que a operação não foi violenta, que essa não era intenção dos policiais que atenderam ao pedido do governador de resolver a situação. Sobre a entrada de armais letais no quartel dos Bombeiros quando havia no recinto mulheres e crianças foi unicamente para proteger os policiais dos manifestantes armados. "De fora, escutamos alguns disparados de armas curtas e uma pistola foi apreendida de um bombeiro que tentavam sair sem ser visto. Se alguma arma foi usada pela polícia durante a ação, nós vamos apurar", disse Beltrame respondendo à pergunta sobre o possível uso de fuzis pelo Bope.
Quanto aos feridos, Cabral agradeceu pela invasão e posterior operação não ter tido mortos e feridos graves e disse que o único ferido de fato tinha sido o coronel Waldir Soares, agredido por bombeiros na noite de sexta-feira e que teria quebrado a mão e machucado o joelho.
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