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quinta-feira, 30 de junho de 2011

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CÂMARA PODERÁ TER 17 VEREADORES


Sessão de 21/06/2011 Vereador faltoso:  Alcemir Jóia 
(o edil chegou com 45 minutos de atraso). Assistência: 25 pessoas.
Constou da leitura do expediente pelo presidente, Vereador Carlos Afonso Fernandes nas matérias da pauta, a informação de que em Rio das Ostras, a próxima legislatura poderá eleger sete novos edis, subindo o número de cadeiras para 17 vereadores. O assunto não foi discutido.

Usaram da palavra: 
Alzenir Melo – Voltou a questionar a utilização da PPP (Parcerias Público Privada) e os milhões que a prefeitura tomou emprestado do Banco do Brasil, endividando a cidade por 15 anos, pagando quase 7 milhões mensais de amortização.
Carlos Afonso – Defendeu o uso do dinheiro citado por seu antecessor e afirmou que o povo assistiu a realização das obras. Ao se referir ao assunto do Canal dos Medeiros, citado por Alzenir Melo, que o canal não tem condições de absorver o volume d’água.
Foi colocado em votação o Projeto de Lei que faz doação da área de terreno entre os dois prédios do pólo universitário de Rio das Ostras, na Rua Recife.
Orlando Neto – Elogiou o Projeto.
Alzenir Melo – Em sua fala, o edil também elogiou o Projeto, porém usou o tema como gancho para reclamar dos baixos salários pagos aos professores públicos.
Em seguida, foi colocado em votação o Projeto de Lei que altera Lei votada em 1993 que permite que comerciantes de bares e lanchonetes façam uso do passeio público defronte aos seus estabelecimentos no período da manhã para servir café da manhã, desde que mantenha livre o espaço mínimo de um metro do passeio para transeuntes.
Durante a votação, o vereador Alzenir Melo usa da palavra para dize que vota contrário pois a intenção da proposição é beneficiar um comerciante de uma padaria na avenida Roberto Silveira, no bairro Costa Azul.
Ainda na votação, o vereador Rosenildo Corrêa declarou que, apesar de existir a Lei que permite a colocação de mesas nas calçadas a partir das 18 horas, já foi testemunha de atos da fiscalização com abuso de poder para atrapalhar o trabalho de diversos comerciantes, ainda que eles respeitem o limite de não utilizar todo o passeio público.
Em virtude dos debates tomarem um tom de calor, o  presidente determina 05 minutos de intervalo para, em sala reservada, estudar a proposição. O intervalo durou 20 minutos.
Alberto Jorge – Declarou que o secretário de Esportes de Rio das Ostras não tem visão e que não busca verba disponível na capital para a construção de uma vila olímpica. Durante sua fala, ele se dirige ao vereador Alcemir Jóia que está conversando com outro colega e não dá a menor atenção ao discurso.
Ademir Mendes – Faz indicação pedindo reforma do parque e da quadra de esportes no bairro Nova Cidade. Vereador Alberto Jorge contesta dizendo que a obra já está sendo executada.
Rosenildo Viana – Fez indicação de instalação de um bicicletário em inúmeras áreas da cidade, tais como: praia, bancos, mercados, etc.
Luiz Roberto – Pede por indicação, calçamento de ruas no bairro Liberdade.
Orlando Neto – Faz indicação de construção de residência médica que poderia funcionar em loca indeterminado e posteriormente em futura sede a ser construída.
Alzenir Melo – Por indicação, pede a pavimentação de rua no bairro Terra Firme.
Alcemir Jóia – Comenta que em virtude do crescimento populacional do município, acredita que já se faz necessário a criação de uma faculdade de medicina.
Rosenildo Corrêa – Fez explanação sobre a criação do Lar da Melhor Idade, projeto de sua autoria e comentou que a prefeitura de Rio das Ostras faz repasse de verbas para um asilo no vizinho município de Casimiro de Abreu, por não dispor de uma entidade que cuide dos idosos da cidade.
Sessão de 22/06/2011 Vereadores ausentes: Robson Carlos e Orlando Neto. Assistência: 02 pessoas. No desenrolar da reunião, a sessão chegou a acumular 27 pessoas e terminou com a presença de apenas 08.

Usaram da palavra:
Alzenir Melo – Conhecido por utilizar o seu tempo desferindo acusações ao executivo municipal, em especial ao prefeito Carlos Augusto, resolveu nesta sessão atacar a área da educação e volta a falar do uso de containers, utilizados como sala de aula desde o começo do atual governo, em detrimento da construção de novas escolas. Afirmou que, em quase sete anos de governo a atual administração só construiu apenas uma escola.
Entrou em 2ª votação o Projeto de Lei que autoriza o Polo Universitário de Rio das Ostras utilizar a área de terra entre os dois prédios da entidade. Foi aprovado por unanimidade.
Também foi colocado em 2ª votação a autorização para comerciantes de bares e lanchonetes colocar mesas e cadeiras nas calçadas no período da manhã. Novamente a medida foi aprovada com o voto contrário do vereador Alzenir Melo.
Ademir Mendes – Apresentou indicação para criação de creche no Loteamento Apicelo.
Como em toda sessão, após a abertura do 2º expediente, o presidente da Casa se ausenta do plenário (acredita-se que seja em virtude de ainda estar em recuperação de cirurgia a que se submeteu  recentemente). Em virtude da ausência do vice-presidente, assumiu a presidência o secretário Alcemir Jóia.
Alzenir Melo – Pede a construção de uma creche em Cantagalo, no entanto, ele próprio diz que “Não adianta pedir a Deus, como fez o vereador Ademir. É o prefeito que tem a caneta na mão, e pode ter certeza que ele não vai fazer. Até porque, na campanha, ele disse que iria construir uma creche em cada bairro. Não fez e não vai fazer”.
Luiz Roberto – Disse que o Canal do Medeiros está uma vergonha e pediu que o governo tenha um pouco de carinho com o povo que o elegeu.
Rosenildo Viana – Usando da palavra para comentar o assunto levantado por seu antecessor, momento em que participavam apenas 03 vereadores da sessão, além dele e ninguém da mesa diretora estava presente.
Após a fala do vereador Rosenildo Viana, o vereador Alzenir Melo volta a falar da PPP e no calor do discurso o vereador-presidente, Carlos Afonso voltou ao plenário e deu por encerrada a sessão.

RANKING DOS VEREADORES FALTOSOS

                                VEREADOR                                                      Nº DE FALTAS  
                 Carlos Afonso Fernandes                                                    13
                 Orlando Ferreira Neto                                                       04
                 Alcemir Jóia da Boa Morte                                                 11
                 Robson Carlos O. Gomes                                                    12 
                 Ademir Mendes Andrade                                                     01
                 Luiz Roberto G. da Silva                                                    06
                 Alex Cabral Silva                                                               11
                 Alzenir Pereira Melo                                                          04
                 Alberto Moreira Jorge                                                        11
                 Rosenildo Correa Viana                                                      06   

A presente relação, refere-se ao período de fevereiro a  junho de 2011,  até a sessão de 22/06/11.
OBS.: As ausências anotadas que levam o símbolo (j), foram justificadas e estão demonstradas em nossa edição impressa com circulação semanal de sábado à sexta-feira.
O número de pessoas presentes a Assistência, refere-se apenas a populares e excluem-se funcionários da Casa e assessores dos edis.                                
fonte: http://jornaldacidaderiodasostras.blogspot.com                    

Vereador diz que PPP foi “falcatrua”

Em constante estado de insatisfação com o desempenho da atual administração, o vereador mais antigo de Rio das Ostras, Alzenir Pereira Melo, sempre faz uso do microfone nas reuniões plenárias realizadas nas terças e quartas-feiras na sede da Câmara Municipal, para afirmar que o município está abandonado e principalmente que, “as promessas que o atual prefeito Carlos Augusto fez ainda quando vereador e presidente daquela Casa, não foram cumpridas e, tudo por falta de interesse dele próprio (o prefeito): ele tem a caneta, não adiante pedir nem a Deus”.
Na sessão da última quarta-feira, 22, o edil mostrou sua indignação quanto à realização de obras com utilização de verba advindas da PPP (Parcerias Público Privada), as quais ele taxou como “falcatrua”, pois muito pouco foi feito e endividou o município por 15 anos.
O presidente da Casa, vereador Carlos Afonso, defendeu o executivo dizendo que todas as obras foram realizadas e que estão ai para o povo ver.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sabino participa das comemorações do dia dos pescadores

Sabino participa das comemorações do dia dos

pescadores

O deputado Sabino participou, na manhã desta quarta-feira (29), da procissão marítima organizada pelo Sindicato e pelas Colônias dos pescadores do estado do Rio para comemorar o dia do padroeiro dos pescadores. Durante o encontro, o parlamentar que presidiu a Comissão Especial de Aquicultura e Pesca e trabalha para garantir melhorias no setor, manifestou sua preocupação com a falta determinais pesqueiros nos principais centros produtores do Estado. “Aproveitamos para discutir o futuro do setor, ouvir as demandas e traçar ações para implantação de infraestrutura de apoio à produção e comercialização do pescado e de fomento à pesca e aquicultura no estado”, disse Sabino.
A barqueata partiu do Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (SAPERJ), em Niterói e seguiu até a estátua de São Pedro na Urca. Participaram dos eventos comemorativos, além dos pescadores, o presidente do Sindicato dos Armadores da Pesca, Alexandre Espogeiro, o presidente da Associação dos Pregoeiros, Franco Tomásio, o presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), Marcos Botelho, o secretário de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto e o presidente do Sindicato dos Pescadores, Antonio da Silva.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Delta e Cabral, uma união de $uce$$o.



Contratos sem concorrência mostram proximidade entre Cabral e Delta Construções

Um levantamento feito por líderes do PSDB na Alerj mostra que este ano foi registrado o maior percentual de dispensa de licitação para a Delta

A Delta Construções é a empreiteira que tem mais contratos com o governo de Sérgio Cabral. Somente no primeiro semestre deste ano a construtora recebeu R$ 241,8 milhões (recursos reservados para pagamentos), do governo do estado do Rio de Janeiro para a realização de obras, sendo que praticamente um quarto deste montante, R$ 58,7 milhões, foi pago em contratos realizados sem que a empresa tivesse que participar de concorrências públicas. O caráter de emergência tem sido um aliado da construtora no estado.
Somente no governo de Sérgio Cabral, de 2007 até hoje, a empreiteira acumula contratos, com e sem concorrência, de R$ 1 bilhão com o estado. Além disso, consórcios dos quais a empresa participa estão à frente de obras grandes, como a do Maracanã e a do Arco Metropolitano. A proximidade do governador com a empresa ficou evidenciada com o acidente da última sexta-feira, 17, que matou a mulher e parentes do dono da Delta, Fernando Cavendish, e a namorada do filho de Cabral.
Levantamento
Um levantamento feito por líderes do PSDB na Alerj mostra que o ano de 2011 é o que registrou o maior percentual de dispensa de licitação para a Delta. No primeiro ano do governador, em 2007, foram empenhados nessa modalidade R$ 10,2 milhões, 15% do valor total de contratos. Em 2008 e 2009, o percentual caiu para cerca de 3%. Em 2010, ano eleitoral, voltou a subir para 23%: R$ 127,3 milhões.
A Delta apareceu pela primeira vez nas contas públicas em 1999 no início do governo de Anthony Garotinho. Mas não há registro de contratos sem licitações na gestão dele. Já no governo de Rosinha, 3% dos contratos foram feitos sem licitações.
Tragédia em Porto Seguro
A queda do helicóptero aconteceu na última sexta-feira, 17, próximo à praia de Ponta de Itapororoca, em Trancoso, Porto Seguro (BA). Morreram no acidente a mulher de Fernando Cavendish, dono da Delta, Jordana, o enteado Lucas, de 3 anos, e a cunhada Fernanda, que estava com seu filho Gabriel, de 2, além da namorada de um dos filhos de Cabral, Mariana Nolesco, de 20 anos.
Cabral não estava no helicóptero e viajava em um jato do controlador do grupo EBX, Eike Batista. Em nota, o empresário confirmou que emprestou o avião para o governador e disse que o fez com “orgulho”. Eike disse ainda que é livre para selecionar suas amizades.
O governador pediu licença oficial do cargo em sinal de luto. Ele compareceu ao enterro da namorada de seu filho na última segunda-feira, 20, junto com seu filho Marco Antonio.

Sabino visita Feira Brasil Offshore em Macaé

Deputado Sabino, esteve em estandes de empresas da Zona

 Especial de Negócios, criada em sua gestão como prefeito

O deputado estadual Sabino esteve na tarde desta sexta-feira, 17, na Feira Brasil Offshore em Macaé, considerada uma das maiores do ramo no mundo. Sabino destacou que a visita foi de suma importância para acompanhar o desenvolvimento do setor petrolífero e em conseqüência da região que abriga a atividade. Na ocasião, o deputado teve a oportunidade de visitar estandes de empresas como a V&M do Brasil, Vicel e Brastech, hoje instaladas na Zona Especial de Negócios (ZEN) em Rio das Ostras.
Algumas dessas empresas, como a V&M do Brasil, receberam a concessão para se instalar em 2002, quando o pólo industrial foi criado em sua gestão. De acordo com o coordenador de logística da V&M, Luiz Mário Moliterno, a empresa escolheu o espaço por estar próxima a Petrobras, seu principal cliente. “Fomos a terceira empresa a se instalar na ZEN e tivemos muito apoio do governo na época, quando resolvemos construir em Rio das Ostras. Acreditamos no projeto e estamos satisfeitos por estarmos desenvolvendo um bom trabalho lá”, afirmou Moliterno.
Sabino contou que as primeiras empresas que adquiriram a concessão para a instalação foram importantes para trazer credibilidade para a criação da ZEN, que posteriormente serviu de referência para criação de outros pólos industriais, como o de  Quissamã. O deputado destacou que, na época, a intenção era aproveitar o potencial da indústria do petróleo, criando uma área que não interferisse na principal atividade da cidade que é o turismo. “Queríamos organizar essa demanda, oferecendo um espaço para essas empresas que não prejudicasse essa atividade histórica”, explicou o deputado.
A Vicel, primeira empresa nacional a se instalar na ZEN, também atribui o sucesso do negócio a iniciativa de Sabino, que criou o pólo industrial. Segundo o diretor Sérgio Arruda, que também é sócio da empresa, a decisão de construir um espaço para a Vicel na ZEN veio da organização do trabalho demonstrado pelo poder público desde o primeiro momento. “Estamos satisfeitos com a escolha e no próximo ano seremos uma indústria que vai empregar mais 150 pessoas”, contou Arruda.
CAIXA- Durante a feira, Sabino esteve no estande da Caixa Econômica Federal, onde teve a confirmação de que uma de suas solicitações feita ao banco para Rio das Ostras será atendida. Segundo o gerente regional do banco, Carlos José Aparecido, a cidade contará em breve com uma segunda agência no bairro Jardim Mariléa. “Isso mostra as instituições estão atentas ao crescimento da cidade e estão interessadas em investir no município”, frisou o deputado.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Polícia Federal prende prefeito e primeira-dama de Taubaté

Casal é suspeito de fraude a licitações relativas à compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar

iG São Paulo 21/06/2011 10:13
Texto:
O prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto (PMDB), a primeira-dama Luciana Peixoto e o ex-gerente do departamento de compras da prefeitura Carlos Anderson Santos foram presos na manhã desta terça-feira durante a Operação Urupês, deflagrada pela Polícia Federal em São José dos Campos (São Paulo). A ação tem o objetivo de desarticular organização criminosa formada por empresários, políticos e funcionários públicos.
O grupo é suspeito de envolvimento na fraude a licitações relativas à compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar no município paulista de Taubaté (125 Km de São Paulo), valendo-se de empresa registrada em nome de “laranjas”.
A investigação teve início em 2009, visando a apurar o desvio de recursos financeiros repassados pela União. Ao todo, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região expediu 13 mandados de busca e apreensão (10 na região de Taubaté e 3 em São Paulo) e 3 mandados de prisão temporária. Todos os mandados foram cumpridos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O mundo da voltas. Sérgio Cabral convoca bombeiros para ajudar nas buscas pela namorada do filho.

Depois de chamar nosso heróis de vagabundos e vândalos,

Sérgio Cabral convoca bombeiros para ajudar nas buscas pela namorada do filho.


Coronel Sérgio Simões, comandante dos bombeiros (de jaqueta clara), conversa com a tropa no Aeroporto Santos Dumont Foto: Luís Alvarenga
Djalma Oliveira
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O governador Sérgio Cabral convocou os bombeiros do Rio de Janeiro para auxiliar nas buscas das três pessoas desaparecidas após a queda de um helicóptero em Trancoso, distrito de Porto Seguro (BA), na noite de sexta-feira. Um dos passageiros não encontrados é Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de Marco Antônio Cabral, filho de Cabral. A tropa está de prontidão e pode ir à Bahia na manhã de hoje. No acidente, quatro pessoas morreram.
No início da noite deste domingo, cerca de 15 bombeiros, incluindo o comandante-geral da corporação, coronel Sérgio Simões, foram ao Aeroporto Santos Dumont para voar para a Bahia. O grupo chegou a entrar no escritório de uma empresa de táxi aéreo. Mas, na última hora, a missão foi adiada.
— Vamos ficar aquartelados e aguardar até amanhã (hoje) de manhã para decidir se vamos — disse o coronel.
Caso os bombeiros do Rio ajudem nas buscas, que estão sendo comandadas pela Marinha, serão enviados oito homens da Divisão de Operações Subaquáticas do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS). Eles deverão levar equipamentos individuais para o mergulho no litoral baiano.
No acidente, morreram Fernanda Kfuri, de 35 anos, e o filho Gabriel, de 2 anos e 10 meses, Lucas Kfuri, de 3, e Norma Batista de Assunção, de 49, babá das crianças. A namorada do filho do governador, o piloto Marcelo Mattoso de Almeida e Jordana Kfuri, mulher do empreiteiro Fernando Cavendish, estão desaparecidos.
Ajuda após protestos
A convocação dos bombeiros para auxiliar nas buscas ocorre 15 dias após o auge dos protestos por melhores salários dos integrantes da corporação, que resultaram na invasão do quartel central e na prisão de 429 bombeiros. Na ocasião, Cabral chamou os manifestantes de “vândalos” e “irresponsáveis”.
Nenhum dos bombeiros que foram ao aeroporto estava entre os presos durante as manifestações. Mas cinco deles estavam com a cabeça raspada, o que, segundo os integrantes da corporação, demonstra solidariedade ao movimento.
— Eles (bombeiros da Bahia) ganham mais do que a gente, mas nós é que somos chamados para resolver — afirmou um bombeiro que estava no aeroporto.
O salário de um soldado dos bombeiros da Bahia é de R$ 1.900. No Rio, é de R$ 943. Ao sair do aeroporto, o coronel Sérgio Simões cumprimentou os bombeiros um a um. Eles disseram estar à disposição para ajudar nas buscas.

http://extra.globo.com

JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE Um homem ficha limpa


JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE

 

 

Um homem ficha limpa
Dono da maior votação proporcional do País, José Antônio Reguffe chega à Câmara disposto a reduzir o salário dos deputados e o número de parlamentares no Congresso
Adriana Nicacio, Hugo Marques e Sérgio Pardellas 



Dono da maior votação proporcional do País, José Antônio Reguffe chega à Câmara disposto a reduzir o salário dos deputados e o número de parlamentares no Congresso
Adriana Nicacio, Hugo Marques e Sérgio Pardellas

Aos 38 anos, o economista José Antônio Reguffe (PDT-DF) foi eleito deputado federal com a maior votação proporcional do País – 18,95% dos votos válidos (266.465 mil) no Distrito Federal. Caiu no gosto do eleitorado graças às posturas éticas adotadas como deputado distrital. Seus futuros colegas na Câmara dos Deputados que se preparem. Na Câmara Legislativa de Brasília, o político desagradou aos próprios pares ao abrir mão dos salários extras, de 14 dos 23 assessores e da verba indenizatória, economizando cerca de R$ 3 milhões em quatro anos. A partir de 2011, Reguffe pretende repetir a dose, mesmo ciente de que seu exemplo saneador vai contrariar a maioria dos 513 deputados federais. Promete não usar um único centavo da cota de passagens, dispensar o 14º e 15º salários, o auxílio-moradia e reduzir de R$ 13 mil para R$ 10 mil a cota de gabinete. “O mau político vai me odiar. Eu sei que é difícil trabalhar num lugar onde a maioria o odeia. Quero provar que é possível exercer o mandato parlamentar desperdiçando menos dinheiro dos cofres públicos”, disse em entrevista à ISTOÉ.
ISTOÉ -
O sr. esperava ter quase 270 mil votos?

JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Nem no meu melhor sonho eu poderia imaginar isso. O resultado foi completamente inesperado. Foi um reconhecimento ao mandato que fiz como deputado distrital. Cumpri todos os meus compromissos de campanha. Enfrentei a maioria e cheguei a votar sozinho na Câmara Legislativa.

ISTOÉ -
O que foi diferente na sua campanha para gerar uma votação recorde?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
A campanha foi muito simples, gastei apenas R$ 143,8 mil. Não teve nenhuma pessoa remunerada, não teve um comitê, carro de som, nenhum centavo de empresários. Posso dizer isso alto e bom som. Foi uma campanha idealista, da forma que acho que deveria ser a política. Perfeito ninguém é. Mas honesta toda pessoa de bem tem a obrigação de ser. Não existe meio-termo nisso. Enfrentei uma campanha muito desigual. Só me elegi pelo trabalho como deputado distrital.
ISTOÉ -
O que o sr. fez como deputado distrital?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Abri mão dos salários extras que os deputados recebem, reduzi minha verba de gabinete, eliminei 14 vagas de assessores de gabinete. Por mês, consegui economizar mais de R$ 53 mil aos cofres públicos, um dinheiro que deveria estar na educação, na saúde e na segurança pública. Com as outras economias, que incluem verba indenizatória e cota postal, ao final de quatro anos, a economia foi de R$ 3 milhões. Se todos os 24 deputados distritais fizessem o mesmo, teríamos economia de R$ 72 milhões.
ISTOÉ -
O sr. pretende abrir mão de todos os benefícios também na Câmara Federal?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Na campanha, assumi alguns compromissos de redução de gastos. Na Câmara, vou abrir mão dos salários extras de deputados, como o 14º e o 15º, que a população não recebe e não faz sentido um representante dessa população receber. Não vou usar um único centavo da cota de passagens aéreas, porque sou um deputado do DF. Não vou usar um único centavo do auxílio-moradia. É um absurdo um deputado federal de Brasília ter direito ao auxílio-moradia. Vou reduzir a cota interna do gabinete, o “cotão”, e não vou gastar mais de R$ 10 mil por mês.
ISTOÉ -
Com essa atitude na Câmara Legislativa, o sr. recebeu uma pressão dos colegas. Não teme sofrer as mesmas pressões na Câmara Federal?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
É verdade. Eu fui investigado, pressionado. Mas não quero ser mais realista que o rei, sou um ser humano como qualquer outro, erro, falho, mas quero cumprir os compromissos com as pessoas que votaram em mim. Uma pessoa que se propõe a ser representante da população tem que cumprir sua palavra. O mau político vai me odiar. Eu sei que é difícil trabalhar num lugar onde a maioria o odeia. Quero provar que é possível exercer o mandato parlamentar gastando bem menos e desperdiçando menos dinheiro dos cofres públicos.
ISTOÉ -
Quando houve a crise do mensalão do DEM em Brasília o sr. realmente pensou em abandonar a política?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Houve alguns momentos em meu mandato que pensei em não ser candidato a nada, por uma decepção muito grande com a classe política. E uma decepção quanto à forma como a sociedade enxerga a política, da sociedade achar que todo político é corrupto.
ISTOÉ -
O sr. já tem projetos para o seu mandato? A reforma política é um deles?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Sim. Vou apresentar uma proposta de reforma política em cinco pontos. A população não se considera representada pela classe política e é preciso modificar isso. O primeiro ponto é o fim da reeleição para cargos majoritários, como prefeito e governador, e o limite de uma única reeleição para cargos legislativos. Tem gente que é deputado há 40 anos. Mas a política deve ser um serviço e não uma profissão.
ISTOÉ -
E os outros quatros pontos?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Vou propor o fim do voto obrigatório. A eleição do Tiririca, em São Paulo, é o resultado do que ocorre quando se obriga a população a votar. Ela vota em qualquer um. O terceiro ponto é o voto distrital. A quarta proposta é um sistema de revogabilidade de mandato, no qual o eleitor poderia pedir o mandato do candidato eleito, caso ele não cumpra seus compromissos. Por fim, defendo o financiamento público de campanha.
ISTOÉ -
Nos moldes do que tramita no Congresso?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Não. Minha proposta é totalmente diferente. Se der dinheiro ao político, ficará pior do que está, porque vai ter gente virando candidato só para ganhar dinheiro. Na minha proposta, a Justiça Eleitoral faria uma licitação e a gráfica que ganhasse imprimiria o panfleto de todos os candidatos, padronizado e em igual quantidade para todos. A pessoa teria que ganhar no conteúdo. O TSE pagaria a gráfica. A produtora que ganhasse gravaria programas na tevê para todos os candidatos. A campanha ficaria mais chata, mas acabaria a promiscuidade entre público e privado.
ISTOÉ -
Como o sr. vê as propostas que aumentam o número de deputados e vereadores?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
É importante a existência de um Legislativo forte. Mas as casas legislativas no Brasil são muito gordas e deveriam ser bem mais enxutas. A Câmara não precisa de 513 deputados, bastariam 250.
ISTOÉ -
O mesmo vale para o Senado?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Deveria ser como era antes, com apenas dois senadores por Estado. Assim sobrará mais dinheiro para a educação, a saúde, a segurança pública e os serviços públicos essenciais. É muito difícil aprovar essa mudança, mas não é por isso que deixarei de lutar por minhas ideias.
ISTOÉ -
Como será seu comportamento diante das propostas do Executivo?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Os parlamentares que votam sempre sim ou sempre não, porque são da base do governo ou da oposição, não têm a menor consciência de suas responsabilidades. Eu tenho. Vou agir da mesma forma como agi na Câmara Legislativa, vou analisar o mérito do projeto e algumas vezes votar contra o meu partido. Ideias a gente debate ao extremo, mas a pessoa de bem não pode transigir com princípios. Ceder um milímetro em matéria de princípio é o primeiro passo para ceder um quilômetro.
ISTOÉ -
O sr. não teme se tornar um personagem folclórico ao apresentar propostas que dificilmente terão apoio dos outros 512 deputados?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
A primeira tentativa é de folclorizar quem enfrenta o sistema, quem luta pelo que pensa e quer sair dessa prática da política convencional. Eu faço a minha parte. Não assumi o compromisso com nenhum eleitor meu de que vou conseguir aprovar os meus projetos. Mas assumi o compromisso com todos os meus eleitores de que vou fazer a minha parte e disso eu não vou arredar um milímetro. As pessoas fazem uma série de confusões na política. Uma delas é acreditar que governabilidade é sinônimo de fisiologismo. É trocar votos por cargos ou por liberação de emendas. É claro que existem outros 512. Se eu for minoria, fui, mas vou votar como acho que é certo.
ISTOÉ -
O PDT hoje tem o Ministério do Trabalho na mão, o sr. concorda com isso? O sr. acha que os partidos devem ter indicações no governo?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Como cidadão eu gostaria de ver uma nova forma de fazer política, um novo conceito de administração pública. O partido deveria ter uma atitude de independência. Eu respeito a decisão da maioria. Mas a contribuição à sociedade seria maior se fosse independente, elogiando o que é correto e criticando o que é errado.

ISTOÉ -
No primeiro turno, o sr. foi contra o PDT e votou na Marina Silva. E no segundo turno? Vai liberar seus eleitores?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Ainda tenho que ouvi-los. Mas, a princípio, sinto que estão muito divididos. Tive votos em todas as cidades do Distrito Federal, nos mais diferentes perfis de escolaridade e renda. Onde eu tive mais votos foi na classe média.
ISTOÉ -
Quais são seus outros projetos?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Quero criar a disciplina cidadania nas escolas. Tão importante quanto ensinar matemática e português é ensinar a criança a ser cidadã. O aluno precisa aprender os princípios básicos da Constituição Federal. Uma população que não conhece seus direitos não tem como exigi-los. As pessoas não sabem qual é a função de um deputado. Isso é muito grave. A gente constrói um novo país investindo na educação.
ISTOÉ -
O sr. é a favor da Lei dos Fichas Sujas já nesta eleição?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Sou. Eu sou favorável a tudo que for para moralizar a atividade política.
ISTOÉ -
Mesmo contrariando a Constituição? Dentro do STF há quem diga que a lei não deveria retroagir.
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
A Constituição é que deveria, há muito tempo, vetar pessoas sem estatura moral para representar a sociedade.
ISTOÉ -
A Câmara e o Senado têm um orçamento que ultrapassa R$ 5 bilhões. O sr. tem algum projeto para reduzir esse valor?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Tudo aquilo que eu fizer também vou apresentar como proposta. Quero, pelo menos, provocar a discussão.
ISTOÉ -
O País inteiro ficou impressionado com a votação da mulher do Roriz, que conseguiu um terço dos votos. Há quem a chame até de mulher laranja. Como o sr. viu o resultado em Brasília?
JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -
Estou apoiando o Agnelo. Mas o voto do eleitor a gente tem que respeitar, mesmo quando não gosta desse voto. Eu respeito.