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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Protesto em frente à Alerj tem cerca de 400 bombeiros

 A nova manifestação dos bombeiros, nesta segunda-feira, no entorno da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) tem a participação de cerca de 400 profissionais. O protesto é por um reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Uma comissão de bombeiros deve ser recebida ainda nesta segunda pelo secretário de Governo, Wilson Carlos, e por deputados.
Punição
O secretário estadual de saúde, Sérgio Côrtes, disse no último sábado, que se os guarda-vidas que estão em greve não retornarem ao trabalho até a próxima terça-feira, o governo vai contratar temporariamente profissionais civis para atuar nos postos de salvamento. Os grevistas então serão considerados desertores. Na quarta-feira, o primeiro grupo será enquadrado na punição, já que a greve terá completado sete dias.
Secretário estadual de saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes fez blitz na orla do Rio neste sábado | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Côrtes percorreu os postos na orla da cidade e dois hospitais de campanha que foram instalados nas praias de Ipanema e São Conrado para o atendimento de afogados. Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Pedro Machado, 25% dos guarda-vidas já retornaram ao trabalho.
Ajustes no serviço
Para amenizar os problemas, funcionários da área administrativa foram remanejados para os postos, além de oficiais. Além disso, o Estado também montou dois hospitais de campanha (um para atender orla de São Conrado e outro para Ipanema e Leblon).

>> FOTOGALERIA: Veja imagens do protesto dos bombeiros no Centro
Até o momento, 70% dos guarda-vidas aderiram ao movimento. Quatro líderes estão sendo considerados foragidos da Justiça. Nesta segunda-feira, será publicado em Boletim Interno a convocação para que todos os grevistas se apresentem em suas unidades em 24 horas.
Justiça decreta prisão de grevistas

Na última sexta-feira, a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar do Rio, decretou a prisão preventiva dos líderes do movimento de greve. O major Luiz Sergio Lima, os capitães Alexandre Machado Marchesini e Lauro César Botto, o 1º sargento Valdelei Duarte e o cabo Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos são acusados de incitamento à prática de outros crimes militares, como descumprimento de missão, deserção e recusa de obediência.

 “A prisão se dá pelo incitamento à prática de crimes militares e exposição da população carioca e fluminense até mesmo a risco de morte, e não pelo simples fato da greve em si, e muito menos pelo fato de lutarem por melhores condições de trabalho e salários”, destacou a juíza.

Ela acolheu a representação do Sub-Corregedor Interno do Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio, ratificada pela promotora Isabela Pena Lucas, da 1ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar. Segundo os autos do inquérito policial militar, os acusados, através de um movimento que, inicialmente, visava buscar por melhores condições de trabalho e melhorias salariais, passaram a promover o incitamento de outros militares, particularmente os bombeiros militares dos Grupamentos Marítimos, a cometerem diversos crimes militares. 

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