NOVA YORK - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, vai permanecer sob custódia até a próxima audiência do caso em que é acusado de abusar sexualmente de uma camareira num hotel de Nova York. A juíza Melissa Jackson, do tribunal de Manhattan, negou o pagamento de fiança de US$ 1 milhão proposto pela defesa, que ainda garantiu a permanência de seu cliente em Nova York.
DSK tem que voltar a se apresentar na próxima sexta-feira e, segundo a promotoria, a pena pelos crimes de abuso sexual, tentativa de estupro e cárcere privado pode chegar a 25 anos de prisão. Ele continua em reclusão pelo risco de que fuja para a França.
Ele deve ser transferido ainda nesta segunda-feira para a prisão de Rikers Island, que abriga mais de 11 mil detentos.
Na saída da audiência, o advogado de Defesa Benjamin Brafman disse estar decepcionado com a recusa na concessão da fiança. Segudo ele, o caso é defensável, e a inocência de DSK será provada. O advogado pediu ainda que a imprensa evite pré-julgamentos.
Strauss-Kahn passou a maior parte do domingo na delegacia de Manhattan da Special Victims Unit, no Harlem, enquanto promotores buscavam novas evidências que pudessem provar sua culpa no caso do suposto abuso sexual, incluindo vestígios de DNA em sua pele ou sob suas unhas.
Já seus advogados disseram ter provas de que o chefe do FMI estava em um restaurante almoçando com a filha no momento do suposto ataque contra a camareira, de 32 anos, em uma suíte de luxo num Sofitel de Manhattan.
Por volta das 23h de domingo, Strauss-Kahn, vestindo uma jaqueta preta e blusa cinza, deixou a delegacia algemado. Nas horas anteriores, seus advogados anunciaram queDSK concordou em fazer exame de corpo de delito.
CELEBRIDADE : Diretor do FMI contrata advogado de Michael Jackson
Segundo o jornal "New York Times", autoridades afirmaram que entraram com um pedido na Justiça por um mandado para examinar o chefe do FMI em busca de sinais de ferimentos que ele possa ter sofrido durante a briga com a camareira ou de vestígios do DNA da vítima.
- Coisas como esses pequenos vestígios debaixo das unhas, as clássicas evidências que se podem associar a um abuso sexual - explicou um oficial.
Camareira se mudou há pouco tempo para o Bronx com a filha adolescenteA camareira reconheceu DSK na delegacia por volta das 16h30, numa linha de suspeitos formada pela polícia que tinha ainda outros cinco homens. Em seguida, ela deixou o local coberta com um pano sobre a cabeça.
A polícia deu poucos detalhes sobre a mulher. Ela é uma imigrante africana que mora no Bronx com a filha adolescente. O síndico do prédio disse que ela se mudou há poucos meses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário